terça-feira, 18 de novembro de 2014
Campina e Sousa têm gasolina mais cara da Paraíba
Os municípios de Campina Grande e de Sousa registraram o preço médio do litro da gasolina mais caro da Paraíba, segundo levantamento da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP). O preço médio do litro da gasolina na Rainha da Borborema é de R$ 3,04, mas o produto pode ser encontrado na bomba por R$ 2,93 (mínimo) e R$ 3,39 (máximo).
Em Sousa o valor médio do combustível é R$ 3,05, com oscilação entre R$ 3,17 (máximo) e R$ 2,86 (mínimo).
Este foi o primeiro levantamento da agência, após o reajuste da Petrobras, no início deste mês na gasolina e diesel. Santa Rita aparece na pesquisa como a cidade que tem o preço médio mais barato (R$ 2,78) do Estado, com o valor do litro oscilando entre R$ 2,98 e R$ 2,67. E João Pessoa surge com o preço médio intermediário (R$ 2,90), com valor mínimo de R$ 2,81 e máximo de R$ 2,99.
Para o coordenador executivo do Procon de Sousa, Helcio Stalin Ribeiro, a primeira pesquisa de preço do combustível deverá ser divulgada na próxima semana na cidade. Através dela será verificado se os donos de postos reajustaram o valor do produto acima do índice anunciado pela Petrobras, que foi de 3% para gasolina e 5% do diesel. “Se for constatado abusividade os donos de postos terão que justificar a alta”, frisou Helcio Stalin.
De acordo com ele, um dos motivos para Sousa apresentar o litro do produto como um dos mais caros do Estado é a distância no transporte da gasolina, que, segundo ele, percorre mais de 400 quilômetros entre o Porto de Cabedelo até a cidade.
Helcio Stalin explicou que o frete do produto custava no ano passado cerca de R$ 0,4 por litro do combustível e este custo também é repassado para o preço final da gasolina. “Mas vamos ficar atentos e se o reajuste for acima de 3% para a gasolina e 5% do diesel vão ter que justificar”, frisou.
O coordenador executivo do Procon de Campina Grande, Paulo Porto de Carvalho, afirmou que o preço alto da gasolina na cidade pode ser indício de abusividade. No entanto, isso só deverá ser constatado após a análise da pesquisa de preços que o órgão elaborou.
O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Estado da Paraíba (Sindpetro-PB), Omard Hamad, afirmou que não podia comentar a fixação de preço nos postos de combustíveis porque existe a lei de livre mercado, mas adiantou que a variação depende do porte do estabelecimento.
“Isso é levado em conta fatores como número de funcionários, custos com energia elétrica e se o posto atende 24 horas”, exemplificou Hamad.
O levantamento de preços da ANP foi realizado entre os dias 9 e 15 deste mês. O cálculo do preço médio foi ponderado de acordo com as vendas de combustíveis informadas pelas distribuidoras à ANP no ano de 2013 através do Sistema de Informações de Movimentação de Produtos.
MP INVESTIGA CARTELIZAÇÃO DO COMBUSTÍVEL
O coordenador executivo do Procon de Campina Grande, Paulo Porto de Carvalho, afirmou que há cerca de um mês enviou, à Promotoria de Defesa de Consumidor, um ofício solicitando investigação nos postos de combustíveis da cidade. O motivo era de que existe indícios de cartelização na venda do produto. “Em Campina Grande percebemos que os preços dos combustíveis registram uma variação mínima entre os estabelecimentos, o que pode ser indício de cartelização. Por isso pedimos investigação”, afirmou.
Segundo ele, a uniformização foi constatada nas pesquisas realizadas pelo órgão. O chefe de cartório da Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor de Campina Grande, Luciano Sodré, afirmou que foi instaurado procedimento e o promotor que está à frente do caso, José Leonardo Clementino, está analisando a planilha de preços envida pelo Procon-CG, mas que ainda não há data para a conclusão da investigação. “Como houve reajuste no preço do combustível, vamos solicitar uma nova pesquisa de preços ao Procon. O tema é bastante complexo e pode demorar para se chegar a uma conclusão”, afirmou Luciano Sodré.
Jornal da Paraíba
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