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terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Dieese registra leve queda no valor da cesta básica

Apesar da forte alta da carne no acumulado do ano, a cesta básica de João Pessoa calculada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) manteve a tendência de queda no segundo semestre e reduziu 0,56% em novembro. No acumulado de janeiro a novembro, a cesta subiu 2,39%. Em novembro, João Pessoa permanece como a quarta mais em conta entre as 18 capitais pesquisadas.

Oito dos 12 produtos que compõem a cesta da capital registraram recuo em novembro. As maiores quedas foram da banana (-6,27%); farinha (-5,03%) e tomate (4,65%). Outros quatro itens apresentam queda: leite (-0,33%); café (-0,24%); manteiga (-1,74%), óleo (-0,65%), enquanto o pão não apresentou a variação. Já o feijão carioquinha (2,12%), o arroz (1,59%) e a carne (1,55%) tiveram alta.

Na comparação anual, seis produtos apresentaram as maiores altas: carne bovina (19,02%), café (14,79%), arroz (8,74%), pão (4,65%), tomate (3,48%) e manteiga (2,74%). Os outros seis produtos tiveram queda de preço: farinha (-29,48%), feijão (-23,41%), banana (-9,44%), açúcar (-6,25%), óleo (-2,23%) e leite (-0,33%).

Devido à elevação do custo da cesta no mês, o trabalhador pessoense cuja remuneração equivale ao salário mínimo necessitou cumprir, em novembro, 80 horas e 31 minutos para comprar os mesmos produtos que, no mês anterior exigiam a realização de 80 horas e 58 minutos. Em novembro de 2013, o tempo de trabalho necessário para a aquisição da cesta era de 83 horas e 27 minutos.



O custo da cesta em João Pessoa comprometeu 39,78% do salário mínimo líquido, em novembro, isto é, após os descontos previdenciários. Em outubro, o percentual exigido era um pouco menor, de 40,01%. Em novembro de 2013, a parcela do salário mínimo líquido gasta com os gêneros alimentícios também foi semelhante e correspondeu a 41,23%.

No país, houve aumento dos preços do conjunto de bens alimentícios essenciais em 12 das 18 cidades onde o Dieese realiza mensalmente a Pesquisa da Cesta Básica de Alimentos.

As maiores altas foram registradas em Brasília (5,86%), Aracaju (3,82%), Goiânia (2,90%) e Campo Grande (2,52%). As reduções ocorreram no Rio de Janeiro (-3,03%), Natal (-2,39%), Recife (-2,29%), Florianópolis (-1,86%), Salvador (-0,81%) e João Pessoa (-0,56%).

São Paulo foi a cidade onde foi apurado o maior valor para os produtos essenciais (R$ 347,96). O segundo maior custo foi observado em Florianópolis (R$ 346,61), seguido por Porto Alegre (R$ 342,62). Os menores valores médios para o conjunto de gêneros básicos foram verificados em Aracaju (R$ 241,72), Salvador (R$ 255,72) e Natal (R$ 258,93).

Com base no custo apurado para a cesta mais cara, a de São Paulo, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário. Em novembro deste ano, o salário mínimo necessário deveria ser de R$ 2.923,22, ou 4,04 vezes o mínimo em vigor, de R$ 724,00. Em outubro, o mínimo necessário era maior, de R$ 2.967,07. Em novembro de 2013, era menor e correspondia a R$ 2.761,58, ou 4,07 vezes o mínimo da época (R$ 678,00).

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