O Quinteto de Sopros da Orquestra Sinfônica Municipal de João Pessoa, o mais novo grupo de câmara da cidade, faz sua estreia no II Festival Internacional de Música Clássica de João Pessoa nesta quinta-feira (4), às 16h, na Igreja Batista. O grupo é formado por professores solistas da OSMJP: Renan Rezende (flauta), Junielson Nascimento (oboé), Isabel Graziela (clarinete), Aderaldo Campos (fagote) e Robson Gomes (trompa). O festival é uma promoção da Prefeitura Municipal de João Pessoa, com patrocínio do BNDES.
Na sua proposta de divulgação da música de câmara para este tipo de formação, o Quinteto tem como objetivo principal divulgar não somente as obras clássicas universais, como dar especial ênfase à produção de compositores regionais, tais como Liduino Pitombeira, Mateus Alves, Eli-Eri Moura, Marcilio Onofre e José Orlando Alves.
É justamente valorizando o Nordeste, com a Suíte Hermética (uma homenagem a Hermeto Pascoal), que o Quinteto inicia o programa. A peça é de Liduino Pitombeira, cearense que estudou harmonia e composição nos Estados Unidos e teve peças tocadas pela Filarmônica de Berlim. Pitombeira é também professor da Universidade Federal de Campina Grande. O programa se completa com Danzi, Ravel e Ibert.
Duo, trio e quarteto em música de câmara na Igreja do Carmo
O premiado baixista Nicholas Schwartz – músico da Concertgebouw holandesa - chega ao Brasil para unir-se a outros solistas e costurar o programa da quinta-feira (4), às 18h, na Igreja do Carmo. Ele tocará o Trio de Romberg e o duo de Rossini para violoncelo e contrabaixo com o cellista holandês Fred Pot e o violista brasileiro Horacio Schaefer.
Completa o programa o Quarteto de cordas em ré menor nº 15 k421, dedicado por Mozart a Haydn, que será executado por Emi Resnick (EUA/violino), Pamela Kubik (Argentina/violino), Avishai Chamedes (Israel, viola) e Benedict Klöckner (Alemanha/violoncelo). A entrada é gratuita. O II Festival Internacional de Música Clássica é uma promoção da Prefeitura Municipal de João Pessoa, com patrocínio do BNDES.
Sobre os intérpretes
Nicholas Schwartz é contrabaixista da Orquestra Real da Concertgebouw (Amsterdã), sem dúvida uma das maiores do mundo. Foi o mais jovem vencedor de todos os tempos do ISB Solo Competition. Poucos meses antes, recebeu tanto a Medalha de Ouro como o prêmio de Bach no Concurso Internacional de Cordas Stulberg. Atuou na Filarmônica de Berlim e como convidado da Sinfônica de Boston e da Boston Pops, duas das mais respeitadas orquestras. Há anos frequenta a Orquestra de Câmara do Verbier Festival e já participou do Tanglewood Music Center, do Pacific Music Festival, no Japão, e do Festival de Música de Aspen (EUA).
A violinista Emi Ohi Resnick nasceu em Nova York. Foi lá, no Carnegie Hall, que aos 15 anos fez seu primeiro concerto. Estudou no Instituto Curtis e na prestigiada Escola Julliard, na Academia Mozart de Praga e no Mozarteum. Vários compositores escreveram-lhe peças, que foram tocadas com grupos de câmara, como o Mobiüs, o Context Ensemble e o Ensemble Modern de Frankfurt. Emi foi destaque na série Young Artists Showcase da rádio WQXR, em sua cidade natal. Divide o tempo hoje entre Estados Unidos e Europa, onde foi primeira violinista da Orquestra de Câmara da Holanda, e convidada da Amsterdam Sinfonietta.
Horácio Schaefer aperfeiçoou-se na Alemanha com Max Rostal, onde terminou seu mestrado já como violista, e obteve o primeiro prêmio na Escola Superior de Música de Colônia. Tocou na Orquestra de Solistas de Câmara Bach, foi spalla das violas da Filarmônica de Essen e violista do Quarteto Ravel-Köln, da Orquestra da Rádio de Frankfurt e no seu sexteto de cordas. Como membro do Quarteto Amazônia, ganhou o Grammy da Música. Foi spalla das violas da Orquestra Sinfônica do Teatro Municipal de São Paulo e, desde 1998, é spalla da Osesp.
Avishai Chameides nasceu em Israel. Aos 6 anos, começou a estudar violino, mas aos 10 optou pela viola. Obteve seu diploma no Conservatório Verdi de Milão e estudou no UDK de Berlim, e ainda na Academia de Lubeck. Ele é membro do Quarteto Noga, formação de 2008 advinda do Quarteto Artemis de Berlim. Colabora regularmente com as orquestras de câmara de Potsdam (Alemanha), Konzerthausorchester Berlin, a Sinfônica de Berlim e a Ópera de Berlim.
Pamela Kubik nasceu em Buenos Aires, onde começou os estudos de violino com o pai, o renomado Rodolfo Kubik. Seguiu para a Suíça na Academia Internacional de Menuhin e diplomou-se na Escola Superior de Música de Stuttgart. Estudou também com o Quarteto Amadeus. Fez parte dos primeiros violinos das Filarmônicas de Buenos Aires e de Roterdã, da Orquestra de Câmara da Rádio e da Sinfônica da Rádio Holandesa. Toca num raro Joseph e Antonius Gagliano do ano de 1700, emprestado pela Fundação Nacional de instrumentos da Holanda NMF.
Fred Pot estudou violoncelo com Carel Van Leeuwen Boomkamp, em Utrecht, e Jean Decroos, no Conservatório Real em Haia, Holanda. Após um período na Rádio Filarmônica, ingressou na Orquestra Real da Concertgebouw, em Amsterdã, em 1971, onde atualmente é um dos primeiros violoncelistas e segundo solo-cello. Com esta orquestra tem participado de turnês por toda a Europa, EUA, Japão, Ásia e América Latina. Foi membro da Quarteto de Piano da Concertgebouw, do Trio de Piano Dubinsky e do Quarteto de Violoncelos dos Países Baixos.
O alemão Benedict Kloeckner venceu importantes prêmios em competições internacionais, como o Prêmio da União Europeia de Radiodifusão, em Bratislava, o Grand Prix Emanuel Feuermann de Violoncelos (Berlim), a Competição de Animadores-Solo (Zurique) e o prêmio Nicolas Firmenich no Festival Verbier. É violoncelista-solo das mais renomadas orquestras, como a Rádio Alemã, a Sinfônica NDR, as Rádios Eslovaca e MDR, a Camerata Báltica, a Orquestra do Estado Alemão e as Cameratas de Berlim e de Praga. Em novembro, tocou com Anne Sophie Mutter, nos EUA e Canadá. Tem diversos discos gravados, finalistas de prêmios na Alemanha. Foi aluno na Karlsruhe e concluiu o mestrado na Academia de Performance Internacional de Kronberg.
Juliana Steinbach em noite de Schubert para piano na Igreja São Francisco
Era o tempo em que apenas o samba, a bossa e a MPB geravam produtos de exportação de primeira linha. Na música clássica, o Brasil também tem suas estrelas reconhecidas no terreno internacional, e Juliana Steinbach é um exemplo. Ela protagoniza o recital nesta quinta-feira (4), às 20h, na Igreja São Francisco, ao lado de outros solistas convidados do II Festival Internacional de Música Clássica de João Pessoa: o Trio de Poulenc, ao lado de Jeroen Soors (Bélgica/oboé) e Hajime Konoe (Japão/fagote), e o famoso Quinteto com piano op. 114, de Schubert, mais conhecido como “A Truta” (peça em Lá Maior composta quando o compositor tinha apenas 22 anos, embora tenha sido publicada em 1829 – um ano após a sua morte). O festival é uma promoção da Prefeitura Municipal de João Pessoa, com patrocínio do BNDES.
Juliana Steinbach se apresentou por toda a Europa, Américas do Norte e do Sul, Israel e Ásia. Sua estreia, em 2002, foi com a Orquestra Sinfônica de Israel. Seguiram-se a Orquestra de Concerto da Rádio de Leipzig, a Sinfônica Mav Budapeste, a Orquestra Jovem de Friburgo, a Sinfônica Lírica de Paris, a Filarmônica de Nice e a Orquestra do Conservatório Laureates de Paris. Em 2005, fez sua primeira turnê na Ásia, com passagens por Seul, Manila, Bangcoc, Hong Kong, Yokohama e Tóquio.
Foi premiada no Artlivre Concurso Internacional de Piano, em São Paulo (Brasil, 2001), Desempenho Tel-Hai (Israel, 2000 e 2001), na Competição Internacional de Jovens Pianistas, em Meknès (Marrocos, 1996), na Unesco (prêmio Flame) e ganhou o Grande Prêmio Vittorio Gui (Florença, Itália).
Os intérpretes da “Truta”:
Nicholas Schwartz é contrabaixista da Orquestra Real da Concertgebouw (Amsterdã), sem dúvida uma das maiores do mundo. Foi o mais jovem vencedor de todos os tempos do ISB Solo Competition. Poucos meses antes, recebeu tanto a Medalha de Ouro como o prêmio de Bach no Concurso Internacional de Cordas Stulberg. Atuou na Filarmônica de Berlim e como convidado da Sinfônica de Boston e da Boston Pops, duas das mais respeitadas orquestras. Há anos frequenta a Orquestra de Câmara do Verbier Festival e já participou do Tanglewood Music Center, do Pacific Music Festival, no Japão, e do Festival de Música de Aspen (EUA).
Avishai Chameides nasceu em Israel. Aos seis anos, começou a estudar violino, mas aos 10 optou pela viola. Obteve seu diploma no Conservatório Verdi de Milão e estudou no UDK de Berlim, e ainda na Academia de Lubeck. Ele é membro do Quarteto Noga, formação de 2008 advinda do Quarteto Artemis de Berlim. Colabora regularmente com as orquestras de câmera de Potsdam (Alemanha), Konzerthausorchester Berlin, Deutsche Symphonie Orchester Berlin, e a Deutsche Oper Berlin.
Sara Loerkens é suíça. De família musicista, começou os estudos de violino com a mãe, seguindo no Conservatório de Neuchatel, em seu país, na Academia de Basel e no Conservatório Van Amsterdam. Ainda muito jovem, recebeu o Primeiro Prêmio dos Concursos Suíços Ruebeli de Bolsas Escolares, o Friedwald Stiftung, o Kiefer-Ablitzel e a Competição de Jovens Artistas Internacionais de Tortona (Itália). Integra a Orquestra Filarmônica da Rádio Holandesa, onde atua como líder dos segundos violinos.
Fred Pot estudou violoncelo com Carel Van Leeuwen Boomkamp, em Utrecht, e Jean Decroos, no Conservatório Real em Haia, Holanda. Após um período na Rádio Filarmônica, ingressou na Orquestra Real da Concertgebouw, em Amsterdã, em 1971, onde atualmente é um dos primeiros violoncelistas e segundo solo-cello. Com esta orquestra tem participado de turnês por toda a Europa, EUA, Japão, Ásia e América Latina. Foi membro da Quarteto de Piano da Concertgebouw, do Trio de Piano Dubinsky e do Quarteto de Violoncelos dos Países Baixos.
Os intérpretes do Trio, de Poulenc:
Hajime Konoye, fagotista da Filarmônica Neerlandesa, nasceu na Alemanha, mas cresceu em Tóquio. Após ter se graduado pela Universidade de Tóquio em música, tornou-se primeiro fagote da Filarmônica do Novo Japão sob a regência de ninguém menos que Seiji Osawa. A relação com o maestro permanece até hoje: ele é convidado de Osawa em todos os verões para tocar na Orquestra Saito Kinen. Foi bolsista da Agência Cultural do Japão e primeiro fagote da Orquestra de Câmara da Rádio Holandesa. Sua performance do concerto de Mozart para fagote na Concertgebouw foi transmitida ao vivo para toda a Europa. No ano passado, fez um tour com a Orquestra Filarmônica da Ásia sob regência de Myung Whun Chung.
Jeroen Soors recebeu as primeiras lições de oboé aos 10 anos. Graduou-se no Instituto de Artes do Norte de Limburgo em 2002, quando venceu diversas competições nacionais na Bélgica. Seguiu os estudos no Conservatório de Tilburgo e depois no Conservatório Real da Antuérpia. Selecionado pelo programa de estudos Erasmus, passou seis meses em Karlsruhe, na Alemanha. Em 2006 e 2007, foi selecionado para compor a Orquestra Jovem na União Europeia e para a Orquestra Gustav Mahler, viajando por toda a Europa, Ásia e América do Sul. Em 2008, foi oboé-solo da holandesa Orquestra Gelders, de 2011 a 2013, e da Orquestra de Câmara da Rádio Belga.

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