Publicidade

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Trio apresenta concerto para Beethoven e Piazzolla na Igreja São Bento nesta quarta-feira

Parceiros de longa data no São Paulo Arte Trio, o pianista Paulo Gazzaneo e a cellista Ana Maria Chamorro recebem o israelita Asi Matathias para dividir palco em um concerto na quarta (3), às 14h30, na Igreja São Bento. A apresentação, pelo II Festival Internacional de Música Clássica, tem entrada gratuita, realização da Prefeitura Municipal de João Pessoa e patrocínio do BNDES. No programa, o Trio nº 3 op. 1 com piano de Beethoven e As Quatro Estações Portenhas de Piazzolla.

Com apenas 25 anos e pupilo de Pinchas Zukerman, Asi Matathias é conhecido como um dos maiores violinistas de sua geração. Foi o mais jovem estudante da Universidade de Música e Arte de Viena. Sua estreia, sob a batuta de Zubin Metha, foi aos 14 anos, com a Orquestra Filarmônica de Israel. Seus recitais cobrem toda a Europa, Estados Unidos, Ásia e Israel, bem como salas como Carnegie Hall, Auditório Stern, Salão Izumy, no Japão, e o Centro Nacional de Artes do Canadá. Já gravou para a BBC, CBC, WQXR, IBA e ORF.

Ana Maria Chamorro estudou violoncelo no Brasil com Zigmund Kubala, na USP. Na Alemanha, prosseguiu com Eduardo Vassalo, Friedmman Dahn e Joachim Griesheimer, além de cursar música de câmara com Saschko Gawriloff (spalla da Orquestra Filarmônica de Berlim) e músicos do Quarteto Amadeus. Foi professora da Escola de Música de Wiehl (Alemanha) e integrou as alemãs Rheinisches, Köln e Klassische Telekomm Bonn. Foi também primeiro violoncelo da Tippet Ensamble e violoncelo-solo da Orquestra de Câmara de Heidelberger. Hoje toca na Nova Orquestra dos Países Baixos.

Paulo Gazzaneo começou sua carreira internacional como pianista em recital na Kisterem da Liszt Ferenc Zeneművészeti Főiskola (Budapeste). Após cinco anos de estudos na Europa, voltou para São Paulo, sua terra natal. Gravou oito discos com os selos Paulus, YBrazil Concerto e PMC. Dá aulas na Escola de Música do Estado de São Paulo, é diretor do Festival Internacional de Música de Bragança Paulista, consultor da sessão internacional do Festival de Música Clássica de João Pessoa, pianista da Orquestra Filarmônica do Brasil e membro-fundador do São Paulo Arte.


Sobre o programa - A história guarda uma cena curiosa. Ao apresentar pela primeira vez os Três Trios para piano, Beethoven convidou o mundo artístico e amantes da música clássica, e especialmente Haydn, cuja opinião era aguardada por todos, para ouvir.

Os Trios foram tocados ordenando imensa atenção da plateia. Haydn fez elogios, mas aconselhou Beethoven a não publicar o terceiro. O músico ficou atônito, pois considerava justo o terceiro como o melhor da série e atribuiu à inveja e ciúmes o comentário. Bem depois, aproveitando uma ocasião, Beethoven tomou satisfações e pediu a Haydn para confirmar sua opinião, ao passo que este afirmou que não tinha acreditado que esse trio seria “tão facilmente compreendido e tão bem recebido pelo público”.

As Quatro Estações Portenhas foram escritas por Astor Piazzolla entre 1965 e 1970 e executadas primeiramente por seu famoso quinteto (violino, piano, guitarra elétrica, contrabaixo e bandoneon). Tratava-se inicialmente de peças separadas – foi somente mais tarde que Piazzolla as adaptou como suíte –, que ganharam célebre arranjo de seu parceiro, José Bragato. É uma das mais conhecidas e belas obras do grande renovador da música argentina.

Aos 25 anos, Quinteto da Paraíba faz concerto no Festival de Música Clássica

Vai de Capiba a Piazzolla o repertório tocado pelo Quinteto da Paraíba, um dos mais inspirados grupos de câmara nordestinos, que completa bodas de prata neste ano. Um pouco desta fusão musical e divulgação do rico legado artístico nordestino poderá ser visto na quarta-feira (3), às 16h, na Igreja Baptista, no quarto dia de apresentações do Festival Internacional de Música Clássica de João Pessoa. O festival é uma promoção da Prefeitura Municipal de João Pessoa, com patrocínio do BNDES.

Formado há 25 anos, o Quinteto da Paraíba surgiu com a proposta de divulgar a obra de compositores brasileiros, mas é no Nordeste que encontra inspiração, responsável pelo resgate do Movimento Armorial. Publicações como "Gramophone", "Classic FM Magazine", "Repertoire" e "Diápason" fizeram elogiosas críticas às suas músicas. Participou também do CD "Labiata", de Lenine, que ganhou um Grammy Latino.

É um quinteto de cordas com técnica de música de câmara e suingue de música popular cujo traço se amplia e se adensa a cada disco gravado (quatro pela Kuarup, um pela Nimbus Record-Londres, um pela Chita-Discos, uma produção independente e um CD e DVD em parceria com Chico César-Biscoito Fino) e a cada apresentação em público.

O Quinteto há muito transcendeu as divisas do Nordeste. Integrar a arte popular e erudita, tornando a música clássica acessível ao grande público, é o que faz deste grupo de cordas tão especial - e dos mais ativos de João Pessoa. Desde a sua formação, trata a música popular com elaborados arranjos e roupagem sofisticada, apresentando também temas da música clássica aos ouvintes menos acostumados ao gênero. Neste programa da quarta, a maioria dos arranjos é de Adail Fernandes.

Beethoven, Dvořák e Nepomuceno em quarteto de cordas na Igreja do Carmo

O quarteto de cordas é a mais complexa formação da música de câmara. Para ela, os compositores guardam os momentos de maior dificuldade, cuja técnica só grandes solistas conseguem transpor. Por esta razão, um excepcional quarteto estará reunido para o concerto da quarta-feira (3), às 18h, na Igreja do Carmo, pelo II Festival Internacional de Música Clássica de João Pessoa. O festival é uma promoção da Prefeitura Municipal de João Pessoa, com patrocínio do BNDES.

A estrela israelense Asi Matathias (primeiro violino), a suíça Sara Loerkens (segundo violino), a viola de Avishai Chameides (Israel) e o violoncelo do alemão Benedict Kloeckner somam suas habilidades para executar Beethoven, Dvořák e Nepomuceno. A entrada é gratuita.

Com apenas 25 anos e pupilo de Pinchas Zukerman, Asi Matathias é conhecido como um dos maiores violinistas de sua geração. Foi o mais jovem estudante da Universidade de Música e Arte de Viena. Sua estreia, sob a batuta de Zubin Metha, foi aos 14 anos, com a Orquestra Filarmônica de Israel. Seus recitais cobrem toda a Europa, Estados Unidos, Ásia e Israel, bem como salas como Carnegie Hall, Auditório Stern, Salão Izumy, no Japão, e o Centro Nacional de Artes do Canadá. Já gravou para a BBC, CBC, WQXR, IBA e ORF.

Sara Loerkens é suíça. De família musicista, começou os estudos de violino com a mãe, seguindo no Conservatório de Neuchatel, em seu país, na Academia de Basel e no Conservatório Van Amsterdam. Ainda muito jovem, recebeu o Primeiro Prêmio dos Concursos Suíços Ruebeli de Bolsas Escolares, o Friedwald Stiftung, o Kiefer-Ablitzel e a Competição de Jovens Artistas Internacionais  de Tortona (Itália). Integra a Orquestra Filarmônica da Rádio Holandesa, onde atua como líder dos segundos violinos.

Avishai Chameides nasceu em Israel. Aos 6 anos, começou a estudar violino, mas aos 10 optou pela viola. Obteve seu diploma no Conservatório Verdi de Milão e estudou no UDK de Berlim, e ainda na Academia de Lubeck. Ele é membro do Quarteto Noga, formação de 2008 advinda do Quarteto Artemis de Berlim. Colabora regularmente com as orquestras de câmara de Potsdam (Alemanha), Konzerthausorchester Berlin, a Sinfônica de Berlim e a Ópera de Berlim.

O alemão Benedict Kloeckner venceu importantes prêmios em competições internacionais, como o Prêmio da União Europeia de Radiodifusão, em Bratislava, o Grand Prix Emanuel Feuermann de Violoncelos (Berlim), a Competição de Animadores-Solo (Zurique) e o prêmio Nicolas Firmenich no Festival Verbier. É violoncelista-solo das mais renomadas orquestras, como a Rádio Alemã, a Sinfônica NDR, as Rádios Eslovaca e MDR, a Camerata Báltica, a Orquestra do Estado Alemão e as Cameratas de Berlim e de Praga. Em novembro, tocou com Anne Sophie Mutter, nos EUA e Canadá. Tem diversos discos gravados, finalistas de prêmios na Alemanha. Foi aluno na Karlsruhe e concluiu o mestrado na Academia de Performance Internacional de Kronberg.

Recital de clarinete e piano e Grupo Camena são destaques no Festival de Música

A tarde desta segunda-feira (1º), segundo dia de apresentações do II Festival Internacional de Música clássica foi marcada pela emoção do público e dos artistas presentes nas igrejas de São Bento e na 1ª Igreja Batista, ambas no centro da cidade de João Pessoa. O festival é uma iniciativa da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), por meio de sua Fundação Cultural (Funjope), que realiza, de 30 de novembro a 6 de dezembro deste ano, 22 concertos gratuitos por igrejas históricas e pontos turísticos da Capital.

O clarinetista holandês Arjan Woudenberg falou com entusiasmo de sua vinda a João Pessoa para participar do Festival. “Esta é a segunda vez que participo de um evento como este na cidade e me sinto entusiasmado de tocar para o público. Eventos como estes são comuns na Europa e devem ser divulgados pelo mundo inteiro. João Pessoa está de parabéns”, destacou.

A pianista brasileira Juliana Steinbach, radicada na França, encantou, ao lado do holandês, o público presente e ressaltou a emoção de tocar pela primeira vez em sua terra natal. “Nasci em João Pessoa e me emociona voltar aqui para mostrar o meu trabalho. Ter a oportunidade de levar música de qualidade para escolas públicas e para o público em geral na minha cidade é um momento de grande alegria”, disse.

Popular e erudito em sintonia – Para o músico do Grupo Camena, que dirige o espetáculo exibido na igreja Batista, um evento como este é marcado pela iniciativa de levar a música erudita para toda população, de forma simples e democrática. “Aqui estamos cantando a vida. Misturando popular e erudito, para o prazer de todos, de forma gratuita e democrática”, explicou.

É assim que também a estudante de música, Maria José de Moura interpreta o Festival. “A Prefeitura está levando ao público gratuitamente algo que não se tem acesso todo dia. Nós, principalmente, estudantes de música, nos deleitamos com eventos como estes”, revelou.

O Grupo Camena de música barroca, que fez em 2013 um dos recitais mais disputados, também voltou a esta edição. O septeto se apresentou para um entusiasmado público nesta segunda-feira e não escondeu a satisfação com o retorno.

Música para todos – Para o diretor Executivo da Funjope, Maurício Burity, o sucesso deste evento é porque ele é feito para todos. Para as famílias, para estudantes, para pessoas de todas as classes. “Convidamos alunos de escolas municipais para acompanhar os concertos, para que também tenham acesso à música clássica e erudita. Além disso, o festival também garante a valorização dos pontos históricos da cidade, como as Igrejas de São Bento, São Francisco e do Carmo, além da 1º igreja Batista”, finalizou.

Nenhum comentário:

Postar um comentário