Segundo Bira, as afirmações feitas pelos parlamentares oposicionistas, após visita realizada na manhã desta quarta-feira (25), ao Trauminha, são infundadas e merecem uma discussão bem mais ampla e embasada. Para o petista, o que realmente acontece de problema, e que tem prejudicado o atendimento no Hospital, não é falta de abastecimento ou da qualidade no atendimento, mas a falta de diálogo e pactuação de ações entre a Rede de Saúde, o Município e o Estado, para que se reorganize o atendimento à grande demanda de pacientes.
“Este é um debate muito mais complexo. Não é uma situação localizada de um hospital, mas precisa envolver toda a rede de urgência e emergência da Região Metropolitana da Capital e do Estado da Paraíba. É preciso haver uma repactuação dos gestores no sentido de que se tenha um grau maior de organização, e ao mesmo tempo, haver as contrapartidas necessárias por parte dos municípios em relação ao sistema de saúde”, comentou Bira.
De acordo com o vereador, João Pessoa tem uma rede sobrecarregada e o Trauminha possui uma quantidade elevada de atendimentos. “Principalmente porque os hospitais estaduais da Capital e a Rede de Atenção à Saúde de outros municípios não conseguem atender seus usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Os hospitais estaduais, por consequência, não conseguem prestar esse mesmo tipo de atendimento como deveriam. Então, o Trauminha termina tendo que absorver a grande demanda desses pacientes diariamente”, afirmou.
Ainda segundo Bira, diferente do que quer insinuar a bancada oposicionista na CMJP, liderada pelo vereador Raoni Mendes, o Trauminha realiza um grande volume de atendimento mensal à população.
“Segundo os dados da própria Secretaria Municipal de Saúde (SMS), por mês, o Trauminha realiza 15.600 atendimentos laboratoriais, 9.000 exames por imagem, 15.000 consultas, 1.181 pequenas cirurgias, uma média de 130 a 140 cirurgias semanais, atingindo a marca de 467 cirurgias no serviço só em janeiro, bem como 21.565 consultas realizadas em enfermaria no período”, detalhou Bira.
O petista acrescentou que a oposição deveria, antes de criticar o atendimento do Trauminha, ver qual é a real contribuição do Estado e das Unidades de Pronto Atendimento (UPA) no que diz a desafogar parte da demanda do Trauminha.
Denúncias contra servidor público
Outra afirmação advinda da oposição e que foi considerada como infundada por Bira diz respeito à suposta ausência do servidor efetivo do Setor Bucomaxilofacial do Trauminha, José Alves Xavier Júnior. O profissional é odontólogo concursado há 20 anos no Município e esposo da Secretária de Saúde da Capital, Mônica Rocha.
Segundo Bira, de forma irresponsável, a bancada oposicionista acusou o profissional de não estar trabalhando, uma vez que o mesmo não se encontrava presente na unidade hospitalar no momento da visita dos parlamentares, já que na ocasião, José Alves realizava um trabalho externo em prol do Hospital.
“Essa é mais uma acusação irresponsável do líder da bancada de oposição, o vereador Raoni, com relação ao servidor José Alves, que não tem cargo e comissão, apenas organiza a sistematização do setor em que trabalha. No momento da visita dos oposicionistas à unidade, José Alves se encontrava ausente do Trauminha, e inclusive também não tinha assinado o ponto, pois estava na Secretaria Municipal de Saúde, articulando para o Ortotrauma a instalação de um novo serviço, voltado ao atendimento odontológico para a pessoa com deficiência”, concluiu Bira.

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