O deputado estadual Tovar Correia Lima (PSDB) lamentou que o governador Ricardo Coutinho tenha se negado a discutir a crise hídrica pela qual passa a cidade de Campina Grande e os demais municípios abastecidos pelas águas do açude Boqueirão. A bancada de deputados que representa a Rainha da Borborema no parlamento paraibano, composta por Tovar Correia Lima (PSDB), Daniella Ribeiro (PP), Manoel Ludgério (PSD), Bruno Cunha Lima (PSDB) e Renato Gadelha (PSC) solicitou por duas vezes uma audiência com o governador para tratar do problema e nunca recebeu retorno sobre o assunto.
“É lamentável que o governador não tenha sensibilidade para com o que acontece hoje na Paraíba. Os paraibanos enfrentam a pior seca dos últimos 50 anos e o nosso governante só pensa em criar Tribunal de Contas. Solicitamos uma audiência por duas vezes, mas infelizmente ele não tem interesse com o sofrimento do povo e mais uma vez menospreza Campina e sua gente”, afirmou.
Segundo o deputado, existem hoje na Paraíba 44 açudes totalmente secos e 30 em colapso. “Temos ainda 94 localidades em racionamento e 197 municípios com decreto de calamidade. Mais um ano de seca teremos um caos sem precedentes com dizimação de rebanhos e plantações”, destacou.
O açude de Boqueirão que é responsável pelo abastecimento hídrico de Campina Grande e de mais 18 municípios passa por um momento crítico. De acordo com a Agência de Águas da Paraíba, o manancial perde um centímetro de água por aferição e encontra-se hoje com pouco mais de 13% da sua capacidade.
Tovar destacou ainda que a população da região polarizada por Campina Grande passa dias sem água nas torneiras. “Isso é muito grave já que estamos falando da falta de água para mais de 1 milhão de pessoas. Infelizmente o Governo Federal não consegue concluir as obras da transposição do rio São Francisco e nos envia ações paliativas. Da mesma forma age o Governo do Estado”, disse.
Os dois pedidos de audiência com o governador foram solicitados nos dias 23 de novembro e 15 de dezembro. “Queríamos conversar e apresentar alternativas com o objetivo de minimizar o sofrimento da população da Paraíba, mas o governador não quis nos receber”, lastimou.

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