Escalada da violência na Paraíba é motivada por falta de política de segurança verdadeira, diz Cássio

"Os recentes dados sobre violência na Paraíba confirmam a completa falência do sistema de segurança pública implantado pelo governo da Paraíba". Foi o que declarou o senador Cássio Cunha Lima (PSDB) ao tomar conhecimento da pesquisa realizada pelo Fórum Brasileiro da Segurança Pública em parceria com o Ministério da Justiça e a Unesco (Organização das Nações Unidas para a educação, a ciência e a cultura) que constatou que o risco de um jovem negro ser assassinado na Paraíba é de 13,4 vezes maior do que um jovem branco da mesma faixa etária.

A Paraíba lidera mais esse ranking de violência. A média da região Nordeste é de 6,05 vezes (menos da metade da Paraíba) e a média nacional é 2,5 vezes mais chances de um jovem negro ser assassinado.

GRAVIDADE - Cássio lamentou que o governo do Estado insista em desconhecer a gravidade do problema de segurança na Paraíba. "João Pessoa e Campina Grande são destacadas negativas nos últimos anos dentre as cidades mais violentas do mundo devido à sucessão de erros cometidos pelo governo, a partir da não convocação de concursados e falta de novos concursos públicos que objetivem aumentar o nosso efetivo". O senador afirmou que o atual efetivo das polícias civil e militar são menores do que em 2009, quando ele, Cássio, deixou o governo. O senador tem sempre dito que a primeira providência para se equacionar um problema, é reconhecer a existência dele, "mas o que ocorre é justamente o contrário, ao receber uma crítica sobre segurança pública, por exemplo, o governo prefere atacar o crítico usando todas as suas armas de propaganda".



ASSASSINATOS - Outro dado divulgado recentemente assinala que, apenas no primeiro trimestre de 2015, ocorreram 400 assassinatos na Paraíba, número 15,6% maior que o mesmo período de 2014. O senado ressaltou, ainda, o grande aumento dos crimes patrimoniais a respeito dos quais as vítimas sequer estão prestando queixas, porque deduzem que é perda de tempo. "Com as delegacias fechadas nas maiores cidades e com o efetivo insuficiente, as vítimas perdem a confiança e a esperança na resolução dos crimes contra o patrimônio e fazem a denúncia basicamente quando se trata de roubo de documentos, apenas por questões legais, para poder tirar a segunda via da documentação” – afirmou Cássio Cunha Lima.

ESCOLAS - O senador lamentou ainda a extrema violência que ocorre dentro das escolas. Em Campina Grande, apenas nos últimos dias, ocorreram tiroteios no interior de escolas estaduais como o caso do assassinato de um aluno no Estadual da Palmeira e da recente execução do professor de Educação Física, Eraldo Cezar, quando o mesmo corrigia provas, no interior da escola Major Veneziano, no Bairro da Catingueira.