O deputado estadual, Dinaldinho Wanderley (PSDB), rebateu as declarações dadas pelo secretário de Segurança, Cláudio Lima, contra o senador, Cássio Cunha Lima (PSDB), em entrevistas que concedeu à imprensa. O gestor afirmou que o tucano não teria moral para falar de Segurança Pública. "Ao invés de criticar a atuação de um parlamentar, o secretário deveria cuidar em desenvolver o seu trabalho, pois isso ele não vem fazendo e o Estado da Paraíba vive o terror da violência", declarou.
De acordo com o deputado, Cássio deixou de ser governador há seis anos e não é possível que se atribuam o caos na segurança pública à sua gestão. "Ele é senador e tem a obrigação de fiscalizar atos do Executivo e se pronunciar em defesa da população. Estamos vivendo um caos na segurança. A Paraíba clama: desçam do palanque, esqueçam Cássio e reconheçam sua ineficiência. O Governo perdeu a guerra para a violência", afirmou.
Dinaldinho afirmou que Cássio em momento algum "tomou proveito do caos", mas denunciou os descasos de um governo que se diz socialista, mas que não aceita a crítica e não sabe assumir as suas falhas. "É preciso lembrá-los que eles já governam a Paraíba há quatro anos e meio. Chegou a hora de assumir os erros e tentar corrigi-los e não tentar jogar a culpa sempre ao passado. A Paraíba vive esse estado de medo hoje, agora. É chegada a hora de reconhecer a ineficiência, buscar as soluções e mostrar resultados", cobrou.
Mapa da violência – O deputado lembrou ainda que o Levantamento do Mapa da Violência 2015, divulgado pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), na última quinta-feira (14), coloca abaixo todo o discurso do secretário Cláudio Lima. O estudo apontou a Paraíba como o quinto Estado do País em número de mortes a cada 100 mil habitantes. De acordo com os dados, 33 homicídios a cada 100 mil habitantes ocorreram no estado em 2012.
Além disso, João Pessoa figura no ranking como a terceira cidade mais violenta do País, ficando atrás apenas de Macéio e Fortaleza. A capital paraibana ficou entre as que tiveram “graves aumentos na década”, subindo 100,1% na taxa de óbitos por 100 mil habitantes por arma de fogo de 2002 para 2012.

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